segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ÉTICA NA INFORMAÇÃO, DIREITO DE TODO CIDADÃO

Ainda que o jornalismo seja transformado em uma profissão de vivência e não de formação, ainda que os juramentos possam ser dispensados, este, por se tratar de uma prática de cunho social, está subordinado à ética.
Quando a ética é invocada no jornalismo, invoca-se também o direito à informação, o direito de informar. Um jornalismo ético pressupõe o tratamento da informação pautada na veracidade dos fatos e no interesse público. Divulgar uma informação precisa, correta, apurada e, principalmente, verdadeira é obrigação ética de qualquer meio de comunicação. Este deve abster-se de interesses partidários, políticos, preconceitos e conceitos e ater-se aos fatos.
O direito à liberdade de informar se enlaça com a obrigação de praticar a responsabilidade social adquirida a partir da consciência de que, a informação é direito, dever e responsabilidade. Reconhece-se, pois, informação não somente como fato e conteúdo, mas também como linguagem, forma de apresentação e efeitos no meio social.
A censura certamente não é meio produtivo para a liberdade de expressão, mas, a ética deve, sem sombra de dúvidas, permear o dever e a obrigação de informar. Além do compromisso com a verdade evocado em cada ação jornalística, a apuração e a correta divulgação são partícipes da moral na comunicação social.
O indivíduo que se faz jornalista assume uma responsabilidade que deve ser renovada cotidianamente, defendendo o livre exercício da profissão e, concomitantemente, buscando valorizar, honrar e dignificar a profissão. Os profissionais que se utilizam dos veículos de grande potencial de propagação e reconhecidamente influenciadores da coletividade, assumem o papel de formadores de opinião. Quando o profissional vive, incorpora e aceita o jornalismo não pode dar testemunho de inverdades, não pode atestar falácias e não pode, em nome dos princípios do jornalismo, não se responsabilizar por aquilo que diz.
Quando os Direitos humanos conclamam um jornalismo honroso, válido, digno, ele evoca profissionais responsáveis por cada palavra, cada opinião, cada senso e cada fato divulgado. O jornalista ético não se contenta com palavras chulas e palavrões, com fatos sem comprovações ou mentiras. O que prende o jornalista é o fato, a notícia é seu produto e a ética é o seu meio de produção.

Marta Maria do Nascimento Grosso

Bacharel em Jornalismo

Diploma registrado em 02/10/2007 na pág. 27 do livro de registro nº 81da Universidade Federal da Bahia, registro nº54 relativo ao curso de Bacharelado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo.

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